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Gusttavo Lima é indiciado por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa

Publicada em: 01/10/2024 12:58 - Notícias

O cantor Gusttavo Lima foi indiciado por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, no âmbito da Operação Integration, conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco.O programa Fantástico, da TV Globo, teve acesso à investigação e publicou detalhes.

A ação policial envolve 53 alvos, entre eles, empresários, bicheiros e a influenciadora digital Deolane Bezerra. O artista e sua empresa, a Balada Eventos, estão dentro das apurações, que detectaram movimentações financeiras suspeitas, como a apreensão de R$ 150 mil em espécie e a emissão de notas fiscais sequenciais pela companhia.

As autoridades também investigam a venda de duas aeronaves da Balada Eventos. Uma dessas, negociada duas vezes em menos de um ano, foi vendida inicialmente em 2023 para a empresa Sports Entretenimento, de Darwin Henrique da Silva Filho, empresário vinculado a uma família de bicheiros de Recife.

Após dois meses, Darwin retornou a aeronave alegando problemas técnicos. A segunda venda veio em 2024, quando a mesma aeronave foi repassada para José André da Rocha Neto, dono da J.M.J Participações, também investigado. O valor da transação atingiu R$ 33 milhões, segundo a polícia, sem confirmação de reparos no avião. Além disso, um helicóptero negociado no esquema retornou para a empresa do cantor.

O inquérito aponta que valores provenientes de jogos de azar, incluindo o jogo do bicho e apostas online, foram lavados por meio dessas transações, misturando dinheiro lícito e ilícito. O delegado Renato Rocha declarou: “É uma forma de lavagem, transitar o dinheiro através de várias pessoas físicas ou jurídicas, buscando não facilitar o rastreamento deles.”

Outro elemento investigado é a possível associação de Gusttavo Lima à Vai de Bet. Em 2023, foi assinado um contrato que daria a Lima participação de 25% na marca, mas o Ministério Público suspeita que o artista já teria sido "dono oculto" da operação antes dessa data. Um depoimento de um conselheiro do Corinthians, que teve parceria breve com a empresa, afirmou que o cantor era um de seus donos.

 

O QUE DIZ A DEFESA DE GUSTTAVO LIMA

 

A defesa de Gusttavo Lima se manifestou negando todas as acusações. Afirmou que não houve ilegalidade nas transações, que as notas emitidas estão regularizadas e que o dinheiro apreendido na Balada Eventos era destinado ao pagamento de fornecedores. Sobre a Vai de Bet, a defesa argumentou que o cantor não é sócio da empresa, embora tenha direito a 25% em uma eventual venda.

O próximo passo cabe agora ao Ministério Público, que decidirá se apresenta formalmente uma denúncia à Justiça ou se arquiva o caso.

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